Mesmo sendo de uma família burguesa, ligou-se ao movimento revolucionário após a execução de seu irmão Alexandre, em 1887, que participou de um atentado ao czar. Lenin foi um revolucionário,e chefe de estado Russo,também foi responsável grande parte pela Revolução Russa de 1917. Ele não foi só líder do Partido Comunista, e primeiro presidente do Conselho dos Comissários do Povo da União Soviética,ele influênciou muito os partidos comunistas de todo o mundo. Lenin teria sido o personagem mais influente do século XX.
"Ao contrário do mito soviético segundo o qual Lenin ainda de fraldas já era um avultado teórico do marxismo, o líder da revolução bolchevique entrou relativamente tarde para a política. Com 16 anos de idade ele era ainda religioso e não mostrava qualquer interesse na política. No liceu em Simbirsk, as suas principais cadeiras foram filologia clássica e literatura".
O irmão mais velho de Lenin, Alexandre Uliánov, ainda com 21 anos, um estudante em São Petersburgo, envolveu-se no grupo de extrema esquerda Pervomartovtsi e foi um dos cúmplices numa das muitas tentativas de assassinar o Czar Alexandre III da Rússia. Foi condenado à morte em 1887. Isto teria grandes consequências para o irmão, que se radicalizaria nos anos seguintes.Foi nestes anos que Lenin se tornou um marxista. Sua primeira grande paixão revolucionária, no entanto, foi Tchernichevski e em particular sua obra Que fazer?, que o "converteu" definitivamente ao ideal revolucionário, anos antes de ter lido Marx. A obra de Tchernichevski falava da criação de um "novo homem" russo através da auto-disciplina e da auto-estilização, capaz de superar o que o senso comum da época considerava serem os traços comuns da "alma" russa, a passividade, a melancolia e o alcoolismo. Em Lenin, nos seus primeiros anos de marxista, existe uma convicção de que o desenvolvimento capitalista da Rússia seria uma pré-condição necessária do socialismo, na medida em que apenas a modernização industrial da Rússia, o desenvolvimento da disciplina associada à generalização do trabalho industrial assalariado, seriam capazes de elevar a consciência política do povo russo a níveis tais que tornassem possível a derrubada da autocracia czarista e a constituição de uma república democrática - contrariamente às teses dos populistas, que consideravam que o socialismo russo se desenvolveria nos quadros da comuna camponesa tradicional. Esta associação da modernidade ao capitalismo industrial, no entanto, não era uma idéia original de Lenin. Já encontrava-se nas obras do fundador do marxismo russo, Plekhanov, ao qual ele se associaria no seu primeiro exílio, no início do século XX, como redator do jornal da emigração marxista (social-democrata) russa no exílio, o 'Iskra' (centelha).
"Ao contrário do mito soviético segundo o qual Lenin ainda de fraldas já era um avultado teórico do marxismo, o líder da revolução bolchevique entrou relativamente tarde para a política. Com 16 anos de idade ele era ainda religioso e não mostrava qualquer interesse na política. No liceu em Simbirsk, as suas principais cadeiras foram filologia clássica e literatura".
O irmão mais velho de Lenin, Alexandre Uliánov, ainda com 21 anos, um estudante em São Petersburgo, envolveu-se no grupo de extrema esquerda Pervomartovtsi e foi um dos cúmplices numa das muitas tentativas de assassinar o Czar Alexandre III da Rússia. Foi condenado à morte em 1887. Isto teria grandes consequências para o irmão, que se radicalizaria nos anos seguintes.Foi nestes anos que Lenin se tornou um marxista. Sua primeira grande paixão revolucionária, no entanto, foi Tchernichevski e em particular sua obra Que fazer?, que o "converteu" definitivamente ao ideal revolucionário, anos antes de ter lido Marx. A obra de Tchernichevski falava da criação de um "novo homem" russo através da auto-disciplina e da auto-estilização, capaz de superar o que o senso comum da época considerava serem os traços comuns da "alma" russa, a passividade, a melancolia e o alcoolismo. Em Lenin, nos seus primeiros anos de marxista, existe uma convicção de que o desenvolvimento capitalista da Rússia seria uma pré-condição necessária do socialismo, na medida em que apenas a modernização industrial da Rússia, o desenvolvimento da disciplina associada à generalização do trabalho industrial assalariado, seriam capazes de elevar a consciência política do povo russo a níveis tais que tornassem possível a derrubada da autocracia czarista e a constituição de uma república democrática - contrariamente às teses dos populistas, que consideravam que o socialismo russo se desenvolveria nos quadros da comuna camponesa tradicional. Esta associação da modernidade ao capitalismo industrial, no entanto, não era uma idéia original de Lenin. Já encontrava-se nas obras do fundador do marxismo russo, Plekhanov, ao qual ele se associaria no seu primeiro exílio, no início do século XX, como redator do jornal da emigração marxista (social-democrata) russa no exílio, o 'Iskra' (centelha).
A originalidade de Lenin manifestar-se-ia na discussão sobre os estatutos do Partido Operário Social Democrata Russo, em 1903, quando do segundo congresso deste partido, no qual Lenin argumentou pela constituição de um partido centralizado e dirigido por intelectuais com intensa formação teórica marxista, em oposição à tese de um partido organizacionalmente frouxo, que limitasse-se a se enquadrar à atividade sindical do movimento operário. Para Lenin, a mera agitação sindical, desprovida de uma base doutrinária voltada para o socialismo, acabava por reduzir-se a reivindicações parcelárias por maiores salários e menos horas de trabalho, que aceitavam a exploração capitalista enquanto tal, visando apenas minorá-la. Para que tal agitação levasse à refundação socialista da sociedade burguesa, seria necessário a existência de marcos teóricos claros, associados não apenas aos interesses específicos da classe operária, mas de todas as questões sociais, políticas, culturais, religiosas etc., referentes à situação concreta da sociedade como um todo. Neste sentido, a consciência socialista, que os sindicalistas supunham ser um traço ontológico da classe operária, para Lenin só poderia chegar à mesma classe operária 'de fora' dela mesma, mediante o trabalho teórico e de agitação de intelectuais de classe média.
Após a Revolução de fevereiro de 1917, Lênin regressou à Rússia com a ajuda do Exército alemão, publicando Teses de Abril, Paz a Todo o Custo, A Terra para os Camponeses e Todo o Poder para os Sovietes, sistematizando os objetivos revolucionários. Embora seu programa tivesse apoio considerável, falhou na primeira tentativa em junho de 1917, obrigando Lênin a refugiar-se na Finlândia. Redigiu o programático O Estado e a Revolução, antes de entrar ilegalmente em seu país em outubro para preparar o levante bolchevique nos dias 25 e 26 (6 e 7 de novembro, segundo o calendário gregoriano). Procedeu então, colaborando com Trótski e por intermédio do soviete de Petrogrado, à derrubada de Kerensky. Lênin assumiu a presidência do Conselho de Comissários do Povo, proclamando a ditadura do proletariado. Após a assinatura da paz com a Alemanha em março de 1918 (Tratado de Brest-Litovsk), o Exército Vermelho enfrentou a guerra civil contra os brancos (tropas contra-revolucionárias apoiadas do exterior), que se prolongou por cinco anos (1918-1922). Após anos de comunismo de guerra, numa nacionalização rigorosa, a centralização e a má planificação levaram o país à fome e ao caos econômico. Lênin restabeleceu parcialmente, com sua Nova Política Econômica (NEP), a indústria privada, que redundou na estabilização. A proibição de formar facções conduziu, em 1921, à repressão do debate interno no partido, assim como a uma estruturação interna altamente hierarquizada, dirigida por um comitê central e por um politburo, que criaram condições para o posterior regime de terror exercido por Stálin. No final de 1922, Lênin proclamou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), dotando-a de uma Constituição em 1923. Em seu testamento político, Carta ao Congresso, aconselhou a destituição de Stálin do cargo de secretário-geral do partido. Lênin morreu após diversos ataques de apoplexia, que diminuíram sua capacidade de ação a partir de 1922. Foi enterrado no mausoléu construído para essa ocasião na Praça Vermelha de Moscou. "Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor."
"O homem nunca poderá ser igual a um animal: ou se eleva e torna-se melhor, ou se precipita e torna-se muito pior."
"É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles."
"A liberdade é uma coisa tão preciosa que devia ser racionada."
"A paz: uma trégua para a guerra."
"A paz: uma trégua para a guerra."
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